Governos da América Latina criticam onda de violência na Venezuela
Edição: Luana Lourenço
Foto: Agência EFE
Os governos do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, Costa Rica, de Honduras, do México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai condenaram a onda de violência na Venezuela. Esta semana, três pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em protestos em Caracas e cidades de 14 estados do país.
Em nota, os 11 governos latino-americanos “reiteram a urgência de as autoridades venezuelanas adotarem medidas para garantir os direitos fundamentais e preservar a paz social”.
“É imperativo que a Venezuela retome o caminho da institucionalidade democrática e que seu governo defina as datas para o cumprimento do cronograma eleitoral, liberte os presos políticos e garanta a separação dos poderes constitucionais”, diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Venezuela vive dias de protestos contra e em defesa do presidente Nicolás Maduro Agência EFE
No comunicado, o Itamaraty diz que os governos da região se somam ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, “que insta todas as partes a adotar medidas concretas para reduzir a polarização e criar as condições necessárias para enfrentar os desafios do país, a favor do povo venezuelano”.
A onda de violência na Venezuela se agravou esta semana em meio à polarização política no país. A oposição marchou em vários estados contra o presidente Nicolás Maduro, enquanto milhares de venezuelanos convocados pelo governo foram às ruas defender o chavista.
Na véspera dos protestos, Maduro convocou os militares, as forças de segurança e também as milícias civis armadas para protegê-lo contra um suposto golpe de Estado que, segundo ele, estaria sendo tramado pelos Estados Unidos com o apoio de seus adversários. A Venezuela enfrenta uma séria crise econômica, marcada por uma inflação anual de 700% e escassez de medicamentos e alimentos. O país também está cada vez mais isolado internacionalmente e o governo de Maduro é acusado de violar a ordem democrática.
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